Quando te vi ao longe, no meio da multidão, subiu-me um arrepio pelo corpo todo. Estando nós em pontas opostas da sala apinhada de gente, abriu-se uma frincha por entre as cabeças deixando que os meus olhos te reconhecessem a face que coincidentements se virava na minha direcção. Qual era a probabilidade de tal acontecer? E, independentemente disso, que história foi aquela do arrepio?! Porque é que me deixas sempre com o sorriso estampado por pior que tudo esteja, porquê?! E já agora porque me fazes chorar e mostrar-me também?!
Digo à Isa que não se começam as frases por porque mas esqueço-me de lhe dizer que se pode começar se se tratar de uma pergunta. Neste caso, em específico, tratam-se de várias que não têm resposta fácil. Mas, afinal, como me dizia um professor, "não estamos cá para fazer as coisas fáceis".

Stress à parte, já estava cansado quando entrei no metro. Daquelas ondas que só apetece estar conosco, numa de pensar, de meditar. A música nos ouvidos, que já tinha ajudado a "des-stressar" agora servia apenas para evitar o barulho urbano das 18:30 na invicta.
Sentado à janela onde apoiava o cotovelo para que a mão segurasse a pesada cabeça, olhava para o carril paralelo. Não passou muito tempo desde o arranque do metro até que tudo o resto desaparecesse, deixando apenas o singelo carril e quando tentei voltar a ver tudo o que o rodeava deixei de conseguir ver o carril!
Talvez se trate apenas de mais uma ilusão de optica mas... acho que dá que pensar.

Por mais sádico que pareça, gostei de ver a lágrima a escorregar-te pela bochecha quando não conseguias conter a tristeza da fala! Não sei porquê mas soube bem o desabafo.
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Segue a letra de uma musica demasiado bonita para sair da cabeça.

"Eu sei que tu és demasiado bonita para mim,
mas um dia eu não vou ter medo de te dizer
para vires viver comigo para um sitio qualquer de onde
se veja o mar
e ter longas conversas sobre a luz
de pernas entrelaçadas

eu faço a minha arte e tu fazes a tua
fazemos as nossas artes e eu tiro o cabelo dos teus
olhos
faço a minha arte e tu fazes a tua.

vais ficar a saber também que quando não estás a olhar
para mim eu desapareço.
e que quando não chove estou a pensar em ti
que todas as tuas ausências são o meu pesadelo
e a minha vontade de agarrar-me aos teus pes
descalços.

eu faço a minha arte e tu fazes a tua
fazemos as nossas artes e eu tiro o cabelo dos teus
olhos
faço a minha arte e tu fazes a tua.

não vou querer mais saber do teu amor
hoje
acho q ja passaram muitas noites
e tu
não me mostraste aquilo q eu queria ver
te vir

eu hoje vou pintar os meus lábios de preto
baço
o vidro dos meus olhos
e as cores que se juntaram para partir."

Wow! Wouldn't that be something?! Great city, better company, strange english... If you need me I'll be dreaming right next door!!!

It creeps me out!!! You must be joking!!!

Deitei-me no quente da cama e cheirou-me a caril. Deu direito a um suspiro; que é feito do cheiro a salsa, a coentros, a hortelã, a poejos e afins da noite passada? Desapareceram e agora cheira a caril, que raramente uso no alentejo e que, por casualidade, usei aqui e despoletou esta associação geográfica.
O cheiro àquelas ervas é sinónimo de descanso, de molenguice, mas o outro significa que não devia ter ficado a descansar e que o trabalho está à porta!!! Não devia ser assim mas normalmente acontece. Agora remedeia!
Até ja.

Conhecem alguém que pergunte "- Andas a tirar a carta?" e à resposta "- Ando" respondem sempre "- Então quando tivers aulas avisa, para eu não sair de casa!"?
Pois, no meu caso não é piada! Se virem um carro com um L, defendam-se porque posso ser eu: o desastre na estrada! Dizem que o problema na estrada, às vezes, não somos nós mas ou outros. Na mota concordo, mas no que toca ao carro...o perigo sou eu!!!

FUUUUJAM!!!